Alípio Santos deixou de ser motorista de longo curso há muitos anos mas continua, de certa forma, a dirigir. Neste caso, o seu rebanho de ovelhas, todas da mesma raça local: Churra Galega Bragançana Preta.
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Apresentado por
António Gonçalves, G Pousada
Texto de Tiago Pais
Fotografias de Tiago Pais
Alípio Santos deixou de ser motorista de longo curso há muitos anos mas continua, de certa forma, a dirigir. Neste caso, o seu rebanho de ovelhas, todas da mesma raça local: churra galega bragançana preta. E é com um sorriso de orelha a orelha que este transmontano de pele morena e bigode bem tratado nos afiança que, historicamente e de entre as churras, era este “o animal predominante na região”. Só que por causa das lãs a variedade branca foi ganhando protagonismo. “Antes, quando se oferecia um cordeiro a alguém era sempre do preto. Hoje é que fazem análises primeiro, para perceber a qualidade da carne”, lembra. É que o cordeiro assado na brasa à Bragança, prato ex-libris de muitos restaurante da zona, depende dessa mesma qualidade da carne. Dos 3000 animais desta espécie que existem na região, Alípio tem 115, que mantém debaixo de olho atento sempre que retira do estábulo. Mais: certifica-se que têm sempre que comer e que beber. E porquê? “Porque são muito espertas e habilidosas, se não estiverem bem tratadas, trepam os muros e vão-se embora. Ai vão, vão.”