A produção própria de arroz é negócio de família herdado do pai. Pequeno, mas “já é muito trabalho!” Para ele, Vítor Martinho, e para ao irmão.
Rua do Sobreiro 1, Ereira
3140-672 Montemor-o-Novo
Como chegar
+351 239 676 268 / +351 919 329 723 (Vítor Martinho)
Apresentado por
Olga Cavaleiro
Texto de Patrícia Serrado
Vítor Martinho é da terra. O cultivo de arroz está-lhe no sangue ou não fosse esta a atividade a que se dedica e partilha com o irmão, desde cedo, na Ereira, freguesia do concelho de Montemor-o-Velho, distrito de Coimbra, na Beira Litoral.
A produção própria de arroz é negócio de família herdado do pai. Pequeno, mas “já é muito trabalho!” Para ele, Vítor Martinho, e para ao irmão. Ambos contam, ainda, com um empregado efectivo e amigos nesta ofício que muito depende da água e do sol.
O cultivo anual incide na variedade Aríete de Arroz Carolino do Baixo Mondego (IGP). A baixa temperatura e a exposição solar são preponderantes durante o período que antecede a colheita, uma vez que propiciam o amadurecimento gradual e favorável à composição do grão de arroz.
No entanto, Vítor Martinho queixa-se do clima do corrente ano. “Este ano foi um ano péssimo! Nunca mais vinha o arroz! O tempo foi muito quente. Vi-me à rasca com o gorgulho. Pedia às pessoas por favor para pôr o arroz na arca (frigorífica) ou no congelador, que é o melhor maneira de conservar o arroz. No frigorífico aguenta. Basta o frigorífico!” A mesma recomendação aplica-se a este arroz cujo prazo de validade é mais curto quando comparado com a do arroz convencional. “O que tem lá dentro? Só conservantes”, assegura. Ao contrário do seu, mais natural e disponível nas versões ‘branco’ e ‘integral’.
Em média, descasca cerca de cinco toneladas por semana, cerca de 20 por mês e só de arroz de produção própria. Faz o processo todo, desde a produção ao embalamento. O produto está armazenado e é descascado à medida das necessidades e dos pedidos de espaços de restauração. Tem apenas sacos de cinco quilos. “O plástico está proibido, não está? Então, pronto! Só faço de cinco quilos, mas posso fazer só de um! Querem de um quilo? Então têm de pagá-lo!”