Cister Bio

Maçãs

Topaz, Reineta e Golden são apenas três das dez variedades de maçã que Paulo Lima e Sandra Patrocínio produzem na exploração de sete hectares localizada em Cabeço dos Carris, no concelho de Alcobaça. 

Cabeço dos Carris
Alcobaça
Como chegar
+ 351 917 822 369 (Paulo Lima)

Apresentado por
Miguel Neiva Correia, Hortelão do Oeste


Texto de Patrícia Serrado

Em 2005, Paulo Lima e Sandra Patrocínio aventuram-se no projecto Maçãs de Cister Bio, ao qual se dedicavam a meio tempo. Após a frequência em cursos destinados a jovens empresários agrícolas e em outras formações inerentes, Paulo Lima passa a trabalhar a tempo inteiro no negócio de ambos. 

A área da exploração, situada no Cabeço dos Carris, freguesia de Évora de Alcobaça, no concelho de Alcobaça, é de sete hectares. 

As encostas soalheiras, viradas a sul, e as várzeas compostas por linhas de água constituem a geomorfologia do pomar rodeado de mata mediterrânica, cenário comum em terras de Cister. Ademais, protegem os pomares de eventuais más práticas agrícolas de outrém e, em simultâneo, servem para promover a fauna. “Espalhamos ninhos falsos para os pássaros e instalações para morcegos, por exemplo, pois são eles que comem os insectos que são prejudiciais para as maçãs”, explica Paulo Lima, para quem as cobras são, também, uma mais-valia, já que comem os ratos.

Topaz, Reineta e Golden são apenas três das dez variedades de maçã que Paulo Lima e Sandra Patrocínio produzem na exploração, “mas há novidades para os próximos anos com maçãs diferentes e com sabores ‘fora da caixa’”.

“Desde muito pequeno que sou um grande apreciador de maçãs. Gosto de maçãs com personalidade. Cada uma transmite um sabor diferente que a caracteriza, mas tendo, também, a procurar outras que sejam benéficas para a saúde” A aprendizagem tem sido progressiva e intensiva. Além do tempo investido no pomar, é prática comum a procura incessante de conhecimento neste sector e a ida a feiras internacionais, no sentido de esmiuçar tudo sobre as mais diversas variedades de maçãs. “Em Bolzano, Itália, houve uma vez que provei 50 variedades diferentes!”

Amantes da natureza e avessos à agricultura intensiva, Paulo Lima e Sandra Patrocínio puseram em prática os procedimentos necessários para a certificação de agricultura biológica, “que foi tratada logo em 2005”. O próximo passo será a agricultura biodinâmica. O objectivo é fomentar a resistência das macieiras e aumentar a qualidade da fruta “ao trabalharmos os solos com microorganismos que alimentam as árvores através das suas raízes”.

A apanha das maçãs depende da variedade e da respectiva altura da maturação do fruto. “A maior parte é apanhada entre finais de Agosto e início de Setembro, e estende-se até Dezembro. Depois vão para as câmaras – tenho várias – e segue-se a distribuição. As minhas maçãs circulam por quase todo o território nacional”, revela Paulo Lima que recomenda a permanência das maçãs na fruteira, ao ar livre, “é o melhor”. Se a opção for o frigorífico, aconselha que sejam colocadas no compartimento reservado para os legumes, “na área dos frescos”.