Fungifresh

Cogumelos

Pedro Capela dedica-se ao estudo dos cogumelos, desde os tempos em que frequentada a Escola Superior Agrária de Ponte de Lima. Seguiram-se a inventariação e, já a solo, a produção e a comercialização, desta feita, com a criação da FungiFresh.

Rua do Paço, 7
4705-473 Escudeiros, Braga
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Apresentado por 
João Rodrigues, Feitoria


Texto de Patrícia Serrado
Fotografias de João Lima

A formação em Engenharia do Ambiente em Recursos Rurais, licenciatura frequentada e concluída na Escola Superior Agrária de Ponte de Lima, levou Pedro Capela a realizar os seus estágios finais de curso no âmbito dos cogumelos silvestres. O objectivo era identificar estes fungos em áreas protegidas. Mais tarde, efectuou a inventariação das espécies de cogumelos, em todo o país, entre 2005 e 2010, para uma empresa do sector. 

Face ao desaparecimento desta empresa, decidiu iniciar uma nova etapa nesta área. Criou a FungiFresh em 2010 e passou a dedicar-se sozinho à produção de cogumelos num terreno, em Escudeiros, freguesia do concelho de Braga, na Região do Minho. Dos dois hectares, 400 metros quadrados estão ocupados por uma estrutura física confinada à produção de cogumelos Pleurotus e Shiitake. 

“Os dois são produzidos em ambiente controlado, entre os 16 ° e os 22° C e entre os 84 e os 89 por cento de humidade relativa, mais a ventilação”, explica Pedro Capela. Assim permanecem durante 24 horas e 365 dias por ano, o que permite apanhas diárias destes fungos. “Nos cogumelos silvestres, a época forte regista-se no Outono e no Inverno, porque é quando há mais diversidade e maior quantidade.” Mesmo assim, é possível fazer a recolha ao longo do ano. Pedro Capela dá exemplos, como o Alentejo, em Março, ou o Minho, em Abril.

Paralelamente à sua produção, Pedro Capela trabalha com apanhadores, “ensiná-los a fazer uma apanha sustentável”, como “deixar os cogumelos mais velhos no terreno, pois são os que depositam as ‘sementes’, que ajudam a perpetuar a espécie”. Esta relação tem vindo a ser mantida desde o início da FungiFresh. “Temos apanhadores de Norte a Sul do país”, mas “também compramos a outros, que não os nossos”. A finalidade é “cortar nos intermediários”, de modo a garantir a entrega directa aos cozinheiros, em prol da qualidade do produto, ou não fossem os seus cogumelos canalizados substancialmente para a restauração. “Em 2010 virei-me para o Canal Horeca, porque já antes tinha reparado no upgrade da parte das cozinhas”, justifica.

Apesar do foco estar nos espaços de restauração, Pedro Capela deixa uma recomendação importante, relativamente à conservação deste produto em nossas casas: colocar os cogumelos no frigorífico, dentro de recipiente de plástico, tapados com um guardanapo ou pano da louça ou “colocar num saco de papel”, para que aguente “mais tempo no frio” e se evite a “condensação, que acelera o apodrecimento do produto”.