Neptun Pearl

Ostra Portuguesa Ostras

“Fiquei amiga dos pescadores, fazia as autópsias dos peixes, e um dia um deles apresentou-me às ostras selvagens.”

Largo António Joaquim Correia Nº13, 3º
2900-231 Setúbal
Como chegar
+351 915 099 510
geral@neptun.pt
www.neptun.pt

Encomendas
+351 910 568 040 (Sónia Forte)

Apresentado por
João Rodrigues, Feitoria


Texto de Tiago Pais
Fotografias de Amelie Vincent, The Foodalist

A velha história de que as ostras chegaram a Portugal nos cascos de navios estrangeiros não passa disso mesmo, uma história. “É tudo treta. Temos fósseis que vêm da Era Jurássica”, explica no seu estilo tão directo como descontraído Célia Rodrigues, fundadora e responsável pela Neptun Pearl. Natural de Peniche, de uma família ligada ao mar — a mãe é das últimas vendedoras de peixe seco da vila —, Célia está em Setúbal há 20 anos. Foi aí, enquanto trabalhava em aquacultura, que se começou a interessar verdadeiramente por ostras. “Fiquei amiga dos pescadores, fazia as autópsias dos peixes, e um dia um deles apresentou-me às ostras selvagens”, recorda. Um produtor da região, Reinaldo Mendonça, levou-a aos bancos naturais e Célia fez da recuperação da espécie portuguesa, a crassotrea angulata, uma missão. Começou por captá-las no Rio Mira, “o menos poluído da Europa”, refere e hoje cria-as em viveiros no estuário do Sado, num sistema de aquacultura integrada — onde crescem plantas halófitas e marisco de rio — e de produção não intensiva: cada ostra tem direito a mais oxigénio e alimento, o que lhe permite desenvolver-se com uma qualidade acima da média.