Nutrifresco

Marisco Peixe

Acompanhar o pai nas lides da compra do pescado aquando da chegada deste produto à lota e a profunda ligação à vida do mar durante a infância pesou na decisão de Pedro Bastos que, em 1999, com 20 anos, fundou a Nutrifresco.

Vale Paraíso, edifício 6 D, Ferreiras
8200-559 Albufeira
Como chegar
+351 289 589 709
geral@nutrifresco.pt
www.nutrifresco.pt

Entregas em casa
www.peixeaporta.pt
+351 289 589 709

Apresentado por
João Rodrigues, Feitoria


Texto de Patrícia Serrado
Fotografias de Fabrice Demoulin

Acompanhar o pai nas lides da compra do pescado aquando da chegada deste produto à lota e a profunda ligação à vida do mar durante a infância pesou na decisão de Pedro Bastos que, em 1999, com 20 anos, fundou a Nutrifresco. O negócio familiar associado ao fornecimento de pescado e marisco está, desde há muito, pelas bocas do país e do mundo.

Frequentava a curso de Bioquímica – “escolha relacionada com esta paixão” –, quando criou a Nutrifresco, empresa que cresceu a olhos vistos em duas décadas, graças ao património marinho da costa portuguesa e à globalização, que permite o transporte dos mais variados produtos provenientes de outros ponto do planeta. Segundo Pedro Bastos, sócio-gerente, o portefólio da sua empresa abrange entre 180 a 200 espécies entre portuguesas e estrangeiras, entre centenas de artigos criados, ou seja, parâmetros estabelecidos no âmbito da forma como é abordada a apanha ou pesca de cada uma dessas espécies.
O que mudou desde 1999 até hoje? “Antigamente, a lagosta, por exemplo, era um produto mais elitista. Hoje, são os bivalves os mais valorizados pelas sensações de maresia que causam, assim como o peixe, no geral, devido a dois factores, o gastronómico e o dietético, mas também por uma questão de identidade cultural”, explica. Este cenário faz sentido para Pedro Bastos, sócio-gerente da Nutrifresco, já que temos as condições que, no seu conjunto, contribuem para o aumento da procura determinante no que ao pescado diz respeito, seja a enorme extensão de mar e o clima, seja o receituário tradicional, com os grelhados e as caldeiradas.
Certo é, também, a progressiva importância atribuída ao legado culinário das regiões do nosso país por parte dos chefs de cozinha, em Portugal, acção que tem vindo a contribuir para a mudança de paradigma. “Preferem, cada vez mais, o que é nosso, o que é português” e “o peixe vale por si, pela sua frescura. Vale mais do que qualquer rótulo”, reforça Pedro Bastos sobre este assunto, apontando a “sazonalidade e a condição física certa do pescado” como duas condições de sucesso de uma refeição.
“Hoje, os chefs tentam, sempre na medida do possível, seguir as nossas sugestões” e “ procuram interagir com o fornecedor que, por sua vez, faz a ponte com o produtor”. O resultado é comprovado pelo crescente “aconselhamento pedagógico” feito por parte dos chefs de restaurantes de fine dining e em outros espaços de restauração em que o conhecimento dos cozinheiros é igualmente superlativo.
Sobre “condição física certa do pescado”, Pedro Bastos nomeia – uma a uma – as características associadas à frescura desta matéria-prima: intensidade das cores; brilho no corpo, ou seja, o muco tem de ser translúcido, brilhante, e que, ao pegar, sinta que está escorregadio; guelra vermelha; olhos devem apresentar vivacidade; as vísceras têm de ter aroma a maresia; escamas alinhadas e perfeitas; barbatanas intactas, rigidez corporal.
Além da restauração em Portugal, um dos principais clientes da Nutrifresco e que lhe permite “cobrir toda a costa portuguesa”, o pescado e o marisco desta empresa familiar é exportado para dez países, sendo os europeus a receber a maior fatia da exportação – Alemanha, Polónia, Suíça, Espanha, entre outros –, além dos Estados Unidos e do Dubai (emirado pertencente aos Emirados Árabes Unidos).