Em tempos idos, na região da Península de Setúbal, as macieiras de Maçã Riscadinha co-habitavam com a vinha, no mesmo terreno. A apanha da primeira decorria em Julho e Agosto, e o lucro da venda servia para pagar as vindimas.
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Apresentado por
Luís Barradas
Texto de Patrícia Serrado
Em tempos idos, na região da Península de Setúbal, as macieiras de Maçã Riscadinha co-habitavam com a vinha, no mesmo terreno. A apanha da primeira decorria em Julho e Agosto, e o lucro da venda servia para pagar as vindimas. Com a passagem do tempo, as videiras conquistaram os solos e, consequentemente, a Maçã Riscadinha de Palmela quase se extinguiu do mapa agrícola.
Face ao risco de desaparecimento desta variedade de maçã, o Município de Palmela, a Cooperativa Agrícola de Palmela e o Ministério da Agricultura decidiram avançar com um projecto de recuperação da Maçã Riscadinha de Palmela. Neste contexto, surge o Pomar na Vinha, nome que tem origem na tradição agrícola de outrora.
“O pomar tem oito anos e são entre 2.500 a 3.00 árvores”, informa Eduardo Aires, proprietário deste projecto, cujo terreno está localizado em Lagoa do Calvo, na freguesia de Poceirão, pertencente ao concelho de Palmela, no distrito de Setúbal. A campanha é curta, uma vez que a maçã é colhida entre Julho e Agosto. “É apanhada semanal e diariamente, o que obriga a uma rigorosa gestão, para determinar os dias da apanha”. O total de fruta colhida “anda entre os 15 e as 20 toneladas, mas depende sempre do ano”. O ano de 2021 “foi bom de maçã, mas mau na venda, porque as pessoas começaram a trabalhar em casa e não frequentam tanto as lojas”, sublinha. “Grande parte da maçã fica em Lisboa. São seguramente entre 80 a 90 por cento.”
Plantadas em 2013, passaram a receber a certificação em modo de produção biológico em 2018, pela SATIVA, e obtiveram o certificado de DOP, já que se trata de um produto de Denominação de Origem Protegida desde Março de 2011, “mas não existe uma entidade gestora que faça a fiscalização e o controlo do produto, e obrigue a respeitar as regras respeitantes à Denominação de Origem Protegida”.