Casa Pratas

No início, o mel. Hoje, o vinho e o queijo. A apicultura marcou os primeiros passos do projeto Casa Pratas, lançado entre 2014 e 2015 por João Pratas e a mulher Ana Cavaca, no Ribatejo. “A Casa Pratas está situada no Cartaxo, mais propriamente na Lapa, no sopé do Montejunto”, esclarece João. Por uma questão de rentabilidade, anos mais tarde focaram-se exclusivamente no vinho, um negócio de família, e na produção de queijo de cabra, os motores da empresa até aos dias de hoje.

Apaixonados pela natureza, acreditam na importância do produto por si só, sem aditivos. Por isso, produzem vinhos de vinificação natural – “só utilizamos solforoso e sulfito, para fazer a estabilização, e de resto são controles de maturação, controles na vinha e agricultura regenerativa, para promovermos a biodiversidade e trazermos o maior potencial para a adega.” Começaram a vinificar em 2015 e os primeiros exemplares Do Pratas, vinhos de parcela, foram engarrafados em 2020.

Com os queijos, a premissa é a mesma: “na queijaria só entra leite, coalho e sal.” Trabalhar de uma forma o mais natural possível é, portanto, transversal a todo o projeto. Ao leite de cabras serranas ribatejanas e cabras alpinas juntam os próprios fermentos, “para tirar maior partido do terroir”, e são eles que garantem riqueza e complexidade ao produto final. “Não é o leite por si só que faz a diferença, mas a adição das culturas das bactérias.” No rol de produtos estão o Chiba e o Chiba Cinza, “queijos frescos envelhecidos”, e o Tomme do Ribatejo, “um queijo de pasta dura inspirado no Tomme dos Pirinéus”, adianta.