“A vontade de criar um projecto agrícola autónomo”, levou Pedro Martins da Costa a cultivar, em 2018, espargos verdes, juntamente com a sua mulher Sara Taveira, numa propriedade localizada em São Torcato, Guimarães. Em 2022 vão na quarta colheita.
Quinta de Segade, São Torcato
4800 Guimarães
Como chegar
+351 935 474 084
info@espargosverdes.com
Facebook /@espargosverdes
Instagram/ @espargosverdes
Apresentado por
João Rodrigues, Feitoria
Texto de Patricia Serrado
Fotografias de Tiago Lima
A ligação à terra vem de família. Prova disso é a enologia, ofício de Pedro Martins da Costa, que há uma mão cheia de anos decidiu complementar este conhecimento aliado ao vinho, com a produção de espargos verdes. O produto é também o nome atribuído a este projecto familiar – a Espargos Verdes –, fundado com a mulher, Sara Taveira, o qual nasce da “vontade de criar um projecto agrícola autónomo” e que, este ano de 2022, soma a quarta colheita.
Curioso por natureza, “mandei vir, pela Internet, todos os livros sobre espargos. São do século passado e são só estrangeiros”. Apesar de não ser um legume muito conhecido, “tem uma história incrível!” Segundo o conhecimento apreendido, há registo do seu consumo “de há mais de mil anos” e “tem uma série de propriedades nutricionais benéficas para a saúde”. Pedro Martins da Costa refere o ácido fólico, entre outros “minerais em muita quantidade, muita água e muita fibra. É um super alimento!”
Determinado a recolher mais informação acerca deste alimento, Pedro Martins da Costa visitou produtores de espargos verdes em Espanha, França e Itália, “para saber como se faz o seu cultivo”. O próximo passo foi dedicar-se ao plantio de espargos verdes, em dois hectares da Quinta de Segade, em São Torcato, freguesia do concelho de Guimarães, no Alto Minho, comprada em 2018. “A quinta estava abandonada há muitos anos”, por isso, “tivemos de renutrir e reequilibrar aquela terra”.
Quando estava tudo a postos para começar, ambos ‘meteram mãos à obra’. “A cadência da cultura do espargo verde é muito semelhante à da vinha”, começa por explicar Pedro Martins da Costa. Em Fevereiro, este legume começa a rebentar e demora dez dias a crescer, até atingir 20 centímetros. É dado o início da sua colheita, que dura até Maio. “Quando se pára de colher, os espargos crescem livremente e chegam aos dois metros de altura, de Junho a Setembro.” Entre Setembro e Novembro, secam, ficam ganham tons acastanhados “e as suas reservas vão para as suas raízes, as mesmas raízes que começam a rebentar em Fevereiro.” Entretanto, fazem-se aplicações de matéria orgânica” no pós-colheita ou no Inverno. “O projecto pretende respeitar a terra e o produto em si”, daí que a Espargos Verdes possua a certificação de produtor biológico atribuída pela SATIVA.
Os espargos verdes de Pedro Martins da Costa e Sara Taveira podem ser comprados directamente a ambos, através das redes sociais Facebook e Instagram. Enquanto uma parte da produção é remetida para outros países, como Espanha e França.
Apesar de se tratarem de um produto resistente, é preciso pôr em prática, em casa, os cuidados devidos, para manter os espargos verdes sãos. Pedro Martins da Costa aconselha a pôr estes legumes num saco de plástico, cuja abertura deve ficar dobrada, para que não entre água, e colocar dentro do frigorífico, onde pode permanecer por dez dias. No momento da preparação, basta descascar o último terço do espargo e não a casca por inteiro, já que “a maior parte da fibra está nessa casca”.