Germisem

Ervas Aromáticas Espargos Hortícolas Sementes

“O português come sobretudo o [espargo] verde. Cerca de 70% nem sequer conhece o branco, mas vamos tentando”, comenta Peter Herman Raphael.

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Apresentado por
Klaas Zwart, Cogumelos Cultivados


Texto de Patrícia Serrado
Fotografias de Vânia Rodrigues

Peter Herman Raphael e Antonia Maria Vansant, pai e filha, viram uma oportunidade de negócio na produção do espargo branco. A exportação tinha apenas um destino, a Holanda, país natural do proprietário da empresa mas, com o tempo, o mercado dos Países Baixos trocou-lhes as voltas.
A produção de espargos brancos começou, em 2015, em Oliveira do Hospital, distrito de Coimbra, na Beira Alta. Surgiu no seguimento dos ensaios as sementes relacionados com o negócio de sementes do pai do nosso anfitrião que, em 1986, veio para Portugal, onde já com o objectivo de fazer, aqui, agricultura biológica de hortícolas.
A ideia avançou pelo facto do produto, por cá, se desenvolver mais cedo do que na Holanda. Por isso, ambos passaram a exportar esta matéria-prima a um preço razoável. Entretanto, sem uma explicação evidente, o mercado holandês registou, nos últimos anos, uma queda, porque muito produto estava a ser vendido muito barato. A solução foi tentar escoar os espargos brancos em Portugal.
“O português come sobretudo o [espargo] verde. Cerca de 70% nem sequer conhece o branco, mas vamos tentando”, comenta Peter Herman Raphael. Munido de persistência, o nosso cicerone está a vender esta matéria-prima, produzida em modo biológico, nas lojas grandes grandes e em distribuidores.
O facto do terreno ter um solo “pesado”, nas palavras de Peter Herman Raphael, houve a opção de colocar areia, uma vez que o terreno arenoso é o mais adequado ao espargo branco. A parte que “encharcava com água” passou a ter cultivados os espargos verdes.
A vida útil deste produto é, geralmente, de dez anos, em Portugal, ao contrário do que acontece na Holanda que, ao fim de oito deixa de ser rentável. “Para um pequeno agricultor, pode ir até aos 12 anos. Depende das toneladas que queira tirar. Nós, aqui, num 1,2 hectares, retiramos oito toneladas. Depois de apanhado, vai para a água o mais fresca possível, durante uma noite. No dia seguinte, são lavados novamente, passam por uma linha que corta tudo ao mesmo tamanho e é registado o calibre”, explica. O calibre implica entre cinco a seis classes diferentes. É colocado na câmara frigorífica, onde é conservado a cerca de 1° C. Por fim, são colocados em um saco específico (MAP), que permite uma melhor conservação e facilitar o transporte. “Tanto o espargo branco como o espargo verde têm um período de colheita curto. Estamos a prever que seja de meados de Fevereiro/início de Março até meados de Junho. Para quantidades maiores ou revenda pode enviar um email para info@growit.pt.”
Apesar de nunca terem usado químicos nem herbicidas, só em Outubro de 2019 terão a Certificação BIO. A empresa emprega 12 pessoas, às quais se somam, na época da apanha do espargos, outras três.