As maçãs são as meninas dos seus olhos, que brilham quando fala delas: “É uma maçã única, no sabor e no aroma: basta pôr 5 ou 6 maçãs dentro de um cesto que se perfuma uma casa inteira.”
Rua 1º de Janeiro 8, Samouco
2950-430 Palmela
Como chegar
+351 212 351 336
Apresentado por
Luís Barradas
Texto de Tiago Pais
Fotografias de Tiago Pais
João Pinóia foi o primeiro membro da Cooperativa Agrícola de Palmela. Nessa altura, anos 70 do século passado, produziam-se 3000 toneladas anuais da famosa maçã riscadinha local. No ano passado produziram-se apenas 5. Porquê? O produtor responde: “Antigamente, plantavam-se macieiras em todas as vinhas. Era praticamente intercalado, uma árvore de vinha, uma macieira. Era uma forma de as pessoas terem rendimento durante o ano, para poderem pagar a vindima. Mas depois vieram os subsídios para o vinho e a maioria arrancou as macieiras, até para conseguirem passar com os tractores.” Pinóia fez diferente: em 2002 pegou numa propriedade que era do pai e, no lugar da vinha, plantou 600 árvores da Riscadinha de Palmela. As maçãs são as meninas dos seus olhos, que brilham quando fala delas: “É uma maçã única, no sabor e no aroma: basta pôr 5 ou 6 maçãs dentro de um cesto que se perfuma uma casa inteira.” É uma maçã que se colhe a partir de Junho, não gosta de muito frio e que tem uma vida útil de prateleira de uma semana, não mais do que isso. “E tem uma coisa curiosa, as de calibre médio vendem-se melhor que as grandes”, acrescenta João. No mesmo terreno, crescem também pêras, favas, romãs, castanhas, limões e ervilhas, “mas só para dar aos amigos e à família”, garante. Porque a maçã é que interessa aqui.