Jubileu

Carthamus tintorius L. é o nome científico de açafroa. Cultivada no mês de Abril, em sulcos entre os dez e os 15 centímetros de profundidade, a semente de açafroa ou açaflor – nome pelo qual é igualmente conhecida – dá origem a uma planta, com cerca de um metro de altura, na qual eclode, em Julho e Agosto, uma flor com pétalas alaranjadas.

Semelhantes aos cardos, estas flores são colhidas em Agosto, de manhã, bem cedo, pelos funcionários da Fernando Alberto Vieira Lopes, e dispostas em tabuleiros colocados ao sol, para secarem. “É um produto frágil e sazonal”, adianta Steve Lopes, filho do fundador desta empresa familiar, que gostaria de ver a açafroa mais valorizada. As suas folhas são retiradas artesanalmente as folhas e, uma parte, émoída de forma rudimentar, até ficar em pó. 

“Há procura, mas é um produto caro.” A colheita, muito minuciosa, realizada sazonalmente e, neste caso, a sua produção se cingir a apenas cerca de um alqueire de terra, dão azo ao aumento considerável do seu preço. Mesmo assim, é comummente utilizada na cozinha açoriana, para condimentar ou dar cor a molhos em pratos de peixe, por exemplo, além de ser o ingrediente principal no famoso molho vilão, seja em pó, seja em pétalas, sendo estas utilizadas também para fazer chá. Acresce salientar as propriedades nutricionais, vantajosas para baixar o colesterol e atenuar os problemas de saúde relacionados com a diabetes e com a asma, entre outras enfermidades.

A açafroa Jubileu, da Fernando Alberto Vieira Lopes, está a venda em grandes superfícies do Arquipélago dos Açores. Fora do circuito insular, está disponível para compra na Loja dos Açores, em Lisboa, e no Mercadinho dos Açores, no Porto.