“A minha família tinha animais e tive de ir trabalhar para ajudar os meus irmãos. Estive sempre ligado à agro-pecuária, à terra.” A história é contada na primeira pessoa por Nuno Teixeira, avicultor, que queria produzir matéria-prima de qualidade.
Canada João Lopes 8
9560-141 Lagoa
Ilha de São Miguel, Açores
+351 926 841 709 (Nuno Teixeira)
nunoalexandrateixeira@hotmail.com
Apresentado por
Tiago Emanuel Santos, O Baco
Texto de Patrícia Serrado
Fotografias de Vânia Rodrigues
“Tinha um parente que estava a ir para a reforma. Decidi comprar o negócio dele em 2015, mas procurava produzir ovos de qualidade”, conta Nuno Teixeira, cuja narrativa acompanha a passagem do tempo até à chegada do Verão de 2017, época do ano em que encontrou quem lhe recomendasse a alimentação adequada para as suas galinhas. “Foi, então, que passei a produzir com qualidade.”
As galinhas poedeiras do Aviário Nuno Teixeira, em Lagoa, na Ilha de São Miguel, são alimentadas com cereais e milho e criadas no solo, sem gaiolas. Este trabalho é dividido com o funcionário e conta com a colaboração do filho, Adriano Texieira, e da mulher, Luísa Teixeira. “É um negócio familiar”, sublinha.
Quando lhe perguntamos sobre a diferença entre estes animais quando criados em gaiola, o nosso anfitrião diz-nos: “não há diferença no aporte energético.” A discrepância está, sobretudo, na clara, “que fica mais gelatinosa e, por isso, não se espalha”
“Tenho ovos durante todo o ano. São entre três mil a seis mil por ano. Não há uma quantidade certa.” A produção ocorre entre as 20 e as 110 semanas de vida. Segundo Nuno Teixeira, é a alimentação que dá aos seus animais que tem vindo a contribuir para a sua longevidade. “Às 110 semanas, são abatidas pelo talhante. Os bons chefs de cozinha têm ido lá comprar estas galinhas e têm feito pratos muito bem feitos!”
“Não trabalho com grandes superfícies e faço a venda directamente.” Metade da produção de ovos das galinhas de Nuno Teixeira são direccionados para a restauração e 25 por cento são colocados à venda em mini-mercados e mercearias da Ilha de São Miguel. “Os restantes 25 por cento vão para particulares.”