Queijaria Cheese-Shop

Fundada em Agosto de 2014, anteriormente no Chiado e, desde Maio de 2013, no Príncipe Real, este espaço supera o conceito lato de loja. É, acima de tudo, uma montra de queijos resultante do trabalho de procura contínua de Pedro Cardoso por queijos que melhor se fazem, seja dentro, seja fora do país.
A qualidade do produto é atributo maior para Pedro Cardoso, hoje com 55 anos, o rosto da Queijaria – Cheese Shop, em Lisboa, onde as mais de seis dezenas de queijos incluem uma vintena proveniente das regiões de Denominação de Origem do nosso país. Para chegar até aqui, o mentor deste projecto teve de trocar as voltas à própria vida. Da publicidade, actividade que desempenhava freneticamente, deu azo à sua faceta de cheese lover, como gosta de se autodenominar, e da volta à França – entre outros países europeus – na degustação de queijos, “falei com amigos para saber o gosto que tinham por queijos, larguei a publicidade” e decidiu entrar na volta a Portugal, para encontrar o melhor produto feito entre portas. “Em 2014, abrimos [juntamente com a mulher, Sandra Antunes] a Queijaria”.
“No início, ía aos cafés para descobrir alguns ‘tesourinhos’”, revela Pedro Cardoso. Procurava – e continua a fazê-lo – até encontrar os produtores cujos queijos denotam as características que quer ver no queijo. “O importante é conhecer o produtor e ter empatia por ele”, conquista essa que tanto pode ser imediata, como levar tempo, mas “já sabem que quero queijo de qualidade”, reforça.
Como “não queria abrir um espaço só com queijos portugueses, fui, lá fora, falar com afinadores” e, d’além fronteiras, continua a trazer belíssimos exemplares de França, Suíça, Itália, Espanha, para a Queijaria – Cheese Shop. De dentro de portas, há Queijo Serra da Estrela e Queijo de Azeitão são, apenas, dois de cunho português e de Denominação de Origem Protegida (DOP) que tem sempre mas, mesmo a respeito do primeiro, confessa: “não trabalho só com um produtor.” Os queijos da Beira Baixa, região onde “existem, aqui, quatro DOP”, são os que tem em maior quantidade, para além dos da ANEMA ou o de cabra de pasta mole de Adolfo Henriques, da Maçussa, no concelho da Azambuja ou, ainda, o Queijo Terrincho, com origem na região de Trás-os-Montes, entre outros.
Em suma, Pedro Cardoso tenta ter sempre representadas as 11 regiões de Denominação de Origem do queijo de Portugal, avança que, “entre Janeiro e Julho, é a altura ideal do para fazer produto de qualidade”, já que o leite é também é igualmente melhor e adverte que a inconveniência da compra de queijo para mais de uma semana, sob pena deste ficar, posteriormente, com bolor. “Os bolores da casca limpam-se com um pano húmido”, recomenda.
A oferta da Queijaria – Cheese Shop é complementada por uma garrafeira, cuja selecção vínica foi feita pelo reconhecido escanção Manuel Moreira, compotas de figo, abóbora, damasco e laranja algarvia, assim como mel, para acompanhar, a gosto, com os queijos.
Uma vez em casa, os queijos devem ser guardados no frigorífico, mais concretamente na caixa destinada aos legumes, por causa da humidade q.b., e ser servidos para degustação entre os 10° e os 14° C.