Quinta do Arneiro

Adquiridos, em 1967, pelo pai, os 30 hectares da Quinta do Arneiro, na região oeste serviram, inicialmente, para a cultura da pêra Rocha. Apesar da presença regular, Luísa Almeida regressou, em 1986, ao campo e, volvidos 21 anos, ficou com esta propriedade nas suas mãos. Primeiro com a horta e os cabazes e, mais tarde, com o restaurante e demais actividades ligadas ao que a terra dá.
A paisagem circundante segue as tendências da estação no que às cores diz respeito. O mesmo se diz acerca do trabalho agrícola realizado na Quinta do Arneiro, a propriedade de Luísa Almeida, localizada na freguesia da Azueira, no concelho de Mafra, onde a sazonalidade é levada a sério. Afinal, “estamos a falar de uma marca, uma marca que as pessoas confiam, e temos produtos que as pessoas querem”, esclarece. A extensa lista de legumes e vegetais, todos certificados pela SATIVA, rege-se pela diversidade. Há couve rábano, couve pack choi, acelgas, nabiças, espinafres, alface, rúcula, tomate, pepino, beringela… Quanto à fruta, a produção cinge-se, apenas, aos morangos.
Vamos por partes. A entrega total à propriedade por parte de Luísa Almeida ocorreu em 2007, precisamente quando decidiu converter um hectare de terra ao modo de produção biológico. Dois anos depois, colhia a primeira produção proveniente desta prática agrícola. Hoje, a aposta na produção biológica abrange onze hectares, incluindo as três estufas implementadas gradualmente pela proprietária, com o objectivo de proteger as produções das condições adversas sentidas durante o Verão e o Inverno.
Desde então, Luísa Almeida tem-se demonstrado imparável. A dinâmica da quinta começa, também, com a venda dos seus legumes e vegetais na feira de produtos biológicos de Cascais. Hoje, o itinerário alargado já chega ao outro lado do rio Tejo, com Almada e Alcochete, por exemplo, no mapa do roteiro da proprietária da Quinta do Arneiro, para além de Mafra, Sintra, Oeiras, Amadora, Lisboa e Vila Franca de Xira.
Entretanto, os cabazes trouxeram maior protagonismo à quinta. À sua composição, maioritariamente constituída pelos legumes e vegetais da propriedade, soma produtos de outros produtores do país, os quais também têm certificação biológica. Segundo os cálculos de Luísa Almeida, a venda dos cabazes ultrapassa os 3800 por mês e ronda os cerca de 900 por semana.

Em Junho de 2016 foi a vez do restaurante, “um sítio onde as pessoas vêm comer o que há, naquele momento, no campo”. É por isso que, no site, Luísa Almeida escreve que, na Quinta do Arneiro há uma horta com restaurante, desta feita, aberto de quarta-feira a Sábado, à hora do almoço. Sem esquecer a loja, onde se vendem as compotas, os sumos, as sopas, os pickles e as empadas disponíveis para compra, de quarta-feira a Sábado, das 09h00 às 18h00.