Salsicharia Borralho

Enchidos

“A minha vida era agricultura: levantar-me às 3 da manhã para ordenhar vacas. Não gostava, andava cansado. Então, um dia disse aos meus pais: 'vou acabar com isto'." A epifania de Fernando Borralho, hoje com 59 anos, fê-lo, há mais de três décadas, adquirir uma velha salsicharia no centro de Estremoz que remodelou de cima a baixo.

Rua do Almeida
7100-535 Estremoz
Como chegar
+351 268 322 083

Apresentado por
Michele Marques e Ruben Trindade, Mercearia Gadanha


Texto de Tiago Pais
Fotografias de Tiago Pais

“A minha vida era agricultura: levantar-me às 3 da manhã para ordenhar vacas. Não gostava, andava cansado. Então, um dia disse aos meus pais: 'vou acabar com isto'." A epifania de Fernando Borralho, hoje com 59 anos, fê-lo, há mais de três décadas, adquirir uma velha salsicharia no centro de Estremoz que remodelou de cima a baixo.

"Naquela altura, a CEE obrigava: ou remodelava ou fechava. Eu não sabia, o dono passou-me a batata quente", recorda. Transformou a barraca, como a descreve, nas instalações dignas e asseadas onde diariamente produz os enchidos embalados com o seu apelido e vendidos no talho da família, exatamente na porta ao lado, juntamente com a carne de porco alentejano que lhe serve de matéria-prima, entre outras.

Mas é o portfólio de charcutaria que impõe respeito. E abre o apetite de quem visita a linha de produção: farinheira preta, branca, morcela, linguiça, chouriço mouro, de água e sal, paio, cachaço e outros tantos. "Tudo fresco, tudo natural. Sim, porque fazer com aditivos qualquer um faz", provoca. Até a massa de pimentão é de receita caseira. Orgulhoso, o anfitrião Borralho pega na faca para nos dar a provar uma das suas criações, não sem antes avisar: “Isto é como encontrar uma carteira, antes de abrir não se sabe o que tem.“ Por estas paragens, costuma ter coisas boas.